O mesmo artigo diz que o Dr. Rui Fonseca e Castro "assume a decisão, mas diz que o fez para proteger a criança de um perigo iminente":
“Contra mim teve início uma grave campanha de difamação. Durante o período de férias do meu filho, constatei que o mesmo estava em perigo no Brasil. O risco era de grande gravidade. Vi-me colocado na posição de ter que tomar uma decisão muito difícil para a protecção do meu filho, que necessariamente inclui a sua permanência em Portugal. Fi-lo apenas no exclusivo e superior interesse do meu filho.”
Ora, eu não sei se o Dr. Castro teve ou não razão em impedir o seu filho de regressar ao Brasil. O que eu sei é que os mé(r)dia portugueses não gostam do Dr. Castro... e também sei que esta história ilustra, mais uma vez, o enorme perigo em que incorre um homem português ao envolver-se com uma mulher brasileira.
Acrescento ainda que esta história não augura nada de bom para o Ergue-te: um partido nacionalista ser liderado por uma pessoa que gerou descendência com uma brasileira é um pouco como um produtor de vinho que bebe Fanta e Coca-cola, ou como um adepto do Benfica que compra cachecóis e camisolas do Sporting ou do F. C. Porto. Como se já não nos bastasse o Chega com aquela treta de que "os brasileiros partilham a nossa matriz judaico-cristã"! 😖
Actualização: o DN publicou um comunicado mais longo do Dr. Castro, que reproduzo a seguir.
«Na sua conta do Telegram, Rui Fonseca e Castro publicou um comentário sobre este caso, que classificou como “ uma grave campanha de difamação” contra si.“Tendo tomado conhecimento de que contra mim teve início uma grave campanha de difamação, manipulativa e que não olha a meios para atingir os seus fins, venho antecipar-me mediante a apresentação da verdade factual.
Durante o período de férias do meu filho de dez anos de idade, constatei que o mesmo estava em perigo no Brasil, onde residia com a mãe. O risco verificado era de grande gravidade e, caso nada fosse feito, susceptível de vir a fazer periclitar a sua própria vida.
Perante o terrível cenário, vi-me colocado na posição de ter que tomar uma decisão muito difícil, mas inevitável, que consistia em encetar medidas decisivas para a protecção do meu filho, que necessariamente incluíam a sua permanência em Portugal. Recorri à minha advogada e instauramos um processo de alteração do exercício do poder paternal e um de promoção e protecção. Sobre o primeiro recaiu um despacho a declarar o tribunal internacionalmente incompetente, do qual estamos a recorrer, em virtude de manifesto erro de julgamento. O processo de promoção e protecção foi admitido no Ministério Público, aguardando-se a tramitação subsequente.
O meu filho está feliz e já começou a frequentar a escola em Portugal. Nunca antes esbocei a mais leve inclinação para tomar medidas tão drásticas e fi-lo apenas no exclusivo e superior interesse do meu filho. Têm sido muitas as noites em claro, mas fiz e estou a fazer o que é necessário.
A vida do meu filho será em Portugal até cessar o risco existente no Brasil ou até haver uma decisão judicial em contrário, que seja definitiva ou não passível de suspensão”.»
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