sábado, 22 de março de 2025

Nem mesmo o Shakespeare escapa ao ódio revisionista anti-branco...


      Tenho ouvido dizer, na sequência da recente vitória do Presidente Trump, que "o wokismo está acabado no Ocidente!". Tal garantia não pode, infelizmente, ser dada por ninguém com o mínimo de bom senso ou experiência de vida: é que o "wokismo", que é na verdade marxismo cultural, nunca estará acabado enquanto houver neomarxistas dispostos a avançá-lo. A batalha entre o Bem e o Mal será travada enquanto houver homens neste mundo. O Alberto Gonçalves dá-nos um excelente exemplo desta luta interminável na sua crónica de hoje no Observador da direitinha:

 «Stratford-upon-Avon é a cidade inglesa onde nasceu e cresceu Shakespeare. Há por lá uma instituição Shakespeare Birthplace Trust (SBT), fundada em 1847 para cuidar dos lugares associados ao escritor e, para usar o cliché, promover o seu legado. Talvez cansada da redundância que é a promoção de um génio universal, a SBT passou a tentar despromovê-lo. Agora a ideia é questionar a celebração tradicional de Shakespeare, que pelos vistos mostra apenas uma perspectiva britânica, eurocêntrica e “branca” e ignora “outras vozes”. Parece-me oportuno: além de ser intolerável que Shakespeare não fosse aborígene e preferisse expressar-se em verso iâmbico do que através de tatuagens, não faz sentido evocá-lo sem meter ao barulho três ou quatro líricos do Bornéu. E é ridículo que os lugares do bardo não acolham cinco ou seis certames alusivos aos malefícios da supremacia racial e à lembrança de que “Rei Lear” ou “A Tempestade” não existiriam sem a contribuição dos zulus. Em suma, o que a SBT deseja é “descolonizar” o berço de Shakespeare, que num futuro breve pode perfeitamente acabar geminado com Gaza e convertido à consagração da riquíssima literatura LGBT da Palestina.

 


Para a frente, que o caminho faz-se caminhando – com botas pesadas por cima de séculos de História atroz e gloriosa e verdadeira. Descoloniza-se Stratford-upon-Avon como se descoloniza o UK como se descoloniza a Europa em peso. O europeu que deixou de caber nas ex-colónias começa hoje a não caber na Europa. Não é só no reino da Dinamarca que alguma coisa apodreceu. E “Hamlet” termina em sangue

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