Mas hoje, ao ver a lista dos países contemplados e as respectivas tarifas pagas ou a pagar em cada caso, cheguei rapidamente a uma conclusão: se as tabelas que vos mostro a seguir (fonte) estiverem correctas - e só faço esta ressalva porque elas vêm directamente da Casa Branca - tem havido muita gente a encher a barriga à pala dos EUA:
As tabelas acima têm três colunas. A primeira, mais à esquerda, tem os nomes dos países visados (e.g. China, União Europeia, etc.). A segunda, ao centro, contém as tarifas cobradas aos EUA pelos países visados, em percentagem. Por fim, a coluna mais à direita (a cor amarela) mostra as tarifas "recíprocas" impostas pela Administração Trump hoje, 2 de Abril de 2025, aos países visados.
Assim, podemos ver, por exemplo, que a China, logo na primeira linha da primeira tabela, impõe tarifas de 67% aos bens exportados pelos EUA, enquanto os EUA só cobram 34% aos bens importados a partir da China. Na verdade e no caso específico da China, a estes 34% têm de ser adicionados outros 20% que já estavam em vigor, elevando o valor total das tarifas aplicados aos produtos chineses para 54%.
Ao olhar para as tabelas no seu todo, apercebemo-nos de um dado muito curioso que eu nunca vi mencionado por nenhum opinador ou comentadeira cá do burgo: mesmo depois das tarifas anunciadas hoje (coluna a cor amarela), praticamente todos os países cobram mais aos EUA do que os EUA cobra a esses países. A excepção são os países que apenas cobram tarifas de 10% aos EUA e que agora passaram a ser taxados na mesma medida.
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