Logo no início da audição, a criatura reconheceu que, por ordem superior, a PJ não pode divulgar a nacionalidade dos criminosos, sem nunca tecer qualquer comentário acerca desta inqualificável proibição.
Depois, fez questão de distinguir entre imigrantes e estrangeiros, confundindo deliberadamente o acessório com o essencial:«Em resposta à Iniciativa Liberal, o Director Nacional da PJ aclarou um detalhe que pode escapar aos dados divulgados: “Um imigrante é estrangeiro, mas um estrangeiro não é necessariamente imigrante. As cadeias têm muita gente que é estrangeira, mas não é imigrante.” Para sustentar o exemplo, Luís Neves revelou que há muitos criminosos que escolhem Portugal com o simples objectivo de cometer crimes, sem nunca terem intenção de habitar em território nacional.»
Portanto, segundo este caramelo posto à frente da PJ pelo PS, não devemos preocupar-nos com a imigração, porque os imigrantes são apenas aquela parte dos estrangeiros que querem permanecer em Portugal, e não os estrangeiros que vêm para Portugal só para fazer asneiras! Mas que lata do c#$#!!! Como se muitos dos que vêm por mal não acabassem por ficar também em Portugal! E como se as críticas à imigração não incidissem sobretudo na falta de controlo das nossas fronteiras e, concomitantemente, na entrada abusiva de TODOS os estrangeiros! Mas este fulano julga que goza com quem???
«O documento divulgado pela PJ aos deputados e jornalistas ilustra que, em 2023, os estrangeiros (e não apenas os imigrantes) representavam 27% do total de detidos no país (465 de 1716) — um valor dois pontos percentuais abaixo do registado em 2022 (e que é, ao mesmo tempo, o valor mais alto dos últimos 14 anos).»
Ora, o Director da PJ diz-nos que 10,4% da população representa 27% dos presos em Portugal e depois tem a lata - a distinta LATA - de nos dizer que não existe qualquer relação entre imigração e criminalidade! Repito: 10,4% da população em Portugal representa 27% dos presos! E já sabemos que, entre os 73% de presos restantes, já haverá muitos que são "portugueses" de papel, isto é, estrangeiros a quem foi concedida a nacionalidade portuguesa ou que são descendentes (filhos/netos) de imigrantes já nascidos em Portugal!
Sublinho novamente, para que fique bem claro:
No final de 2023, os estrangeiros representavam apenas 10,4% da população em Portugal mas, em simultâneo, constituíam 27% dos presos nas nossas cadeias, ou seja, estavam sobrerrepresentados nos estabelecimentos prisionais quase TRÊS VEZES mais do que deviam estar!!!
E o grandessíssimo hipócrita do Director da PJ ainda tem a desfaçatez de dizer que não se passa nada!... O fulano deve achar que não sabemos fazer contas, só pode!!!
E atenção, que agora vem a "melhor" parte! Depois deste indecente exercício de contorcionismo mental, o Director da PJ explicou o que é que realmente o preocupa, aquilo que ele acha que vai mesmo mal em Portugal! Pasmem, caros leitores:«Luís Neves vincou a importância de combater as fake news que “interessam aos profetas das desgraças”. Para Luís Neves, relacionado com a desinformação está o crime de ódio, em que se verificou um aumento “muito significativo” — de mais de 9000% —, entre 2011 e 2023.»
Isto, dito assim, faz parecer que os "crimes de ódio", que nem sequer deviam ser entendidos como crimes em democracia, estão completamente fora de controlo. Mas depois olhamos para os números: em 2023, terá havido 347 "crimes de ódio", sendo que nem sequer sabemos ao certo em que é que consistiram esses crimes porque, segundo a própria GNR: "a tipificação dos crimes de ódio nem sempre é possível porque não existe um tratamento informático específico para estas tipologias". Portanto, muitos destes "crimes de ódio" podem ter sido simplesmente alguém a chamar "preto" ou "brasileiro" a outra pessoa. O horror!!!
Repare-se, também, que um aumento "de mais de 9000%" soa a algo extremamente dramático mas, para uma coisa aumentar 9000%, ela só tem de aumentar 91 vezes. Isto até pode ser colossal nalguns contextos, mas 347 divido por 91 só dá cerca de 4 "crimes de ódio" em 2011. Por outras palavras, o Director da PJ recorreu à percentagem porque os números absolutos são ridículos e toda a gente se teria rido dele caso os tivesse mencionado.
E, para terminar, aqui fica outro excelente exemplo de como esta história da nacionalidade dos criminosos em Portugal é altamente falaciosa:
2 comentários:
😞
Enfim, mais um lacaio xuxa... se a Esquerda volta ao poder, estamos tramados!
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