sexta-feira, 26 de setembro de 2025

E por falar em censura, Aguiar-Branco entrou definitivamente em modo Santos Silva...


Bem me parecia que a "imparcialidade" deste fulano era boa demais para ser verdade... 

 

 «O presidente da Assembleia da República requer à comissão de transparência um inquérito por eventuais “irregularidades graves” praticadas com “violação dos deveres dos deputados” por parte de Filipe Melo, do Chega, enquanto vice-secretário da mesa do parlamento.

No seu despacho, José Pedro Aguiar-Branco salienta que os membros da mesa do parlamento “têm especiais deveres funcionais de isenção” e que o exercício destas funções é “absolutamente” incompatível com gestos “discriminatórios, ofensivos ou intimidatórios”.»

 

Pedir silêncio gestualmente a uma deputada é um acto "discriminatório, ofensivo ou intimidatório"?... Então o que dizer da torrente de insultos com que os deputados do Chega são brindados sempre que intervêm na AR?... Aliás, é realmente curioso, eu não me lembro de o Aguiar-Branco e os restantes laranjinhas se terem insurgido tanto quando, nos funestos tempos do Sócrates, o Manuel Pinho fez os seus famosos corninhos...

Mas nem sequer é preciso recuarmos tanto para percebermos a hipocrisia monumental de Aguiar-Branco... é que o líder da bancada par(a)lamentar do PSD, o arruaceiro Hugo Soares, fez recentemente muito pior do que o Filipe Melo, sem que o Aguiar-Branco se tenha preocupado minimamente:

«O Chega divulgou esta sexta-feira  [26-Set-2025] uma “queixa formal” apresentada por Pedro Frazão contra Hugo Soares, na sequência “das ameaças proferidas durante a reunião plenária da Assembleia da República no passado dia 17 de Setembro”.

Pedro Frazão refere que na sessão plenária da quarta-feira da semana passada, Hugo Soares “com o microfone desligado, mas em tom de voz que permitiu a toda a câmara ouvir o que dizia”, dirigiu-se a ele afirmando: “Vais-me bater na minha casa?”; “Eu dou-te pancada! Eu dou-te porrada! Queres?”.

“Em seguida, pegou no telefone, fazendo sinais para que o signatário atendesse o seu e, como este não o fizesse, desafiou-o várias vezes para se dirigirem ‘até lá fora!’, para resolverem o assunto”, continua a relatar.

De acordo com o deputado do Chega, o presidente da Assembleia da República tentou “chamar à razão, por várias vezes”, o social-democrata, que respondeu que “já tinha sugerido ao signatário [Pedro Frazão] ‘irem lá para fora!’, mas que este não queria”.»

 

Ou seja, há aqui uma diferença de critério gritante por parte do presidente da Assembleia da República: para uns, tudo... para os do Chega, nada!

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