«O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje [31-Out-2025] que, em sociedades envelhecidas como Portugal, é fácil criar um sentimento de insegurança ou de medo em torno da "imigração pobre".»
Primeira falácia do Marselfie: reduzir tudo a uma questão de pobreza vs. riqueza. Portugal sempre teve pobres, mas isso não fazia com que o resto da população tivesse necessariamente medo deles. As reservas dos portugueses em relação à imigração prendem-se sobretudo com as diferenças culturais e com a própria estrutura etária das populações imigrantes, maioritariamente jovem e masculina.
É incrível como até mesmo as personalidades ditas "de Direita", como o Marcelo, continuam a operar segundo a lógica marxista do proletariado contra a burguesia. A "classe" política portuguesa não consegue sair desta dicotomia, que é uma dicotomia falsa e manipulatória em qualquer contexto, mas sobretudo no contexto da imigração.
Mas agora reparem, caros leitores, no que o selfito disse a seguir:
«Numa aula aberta na Escola Básica de Vila Verde, distrito de Braga, e em resposta a uma questão levantada por uma aluna sobre a regulação da imigração, Marcelo sublinhou que não há "uma varinha de condão" para resolver o problema. "Num povo que está a perder população originária, sente-se, é fácil criar um sentimento de insegurança ou de medo em relação ao peso dos imigrantes no futuro da sua sociedade", afirmou.
Marcelo aludiu, concretamente, à criação da sensação de que os portugueses poderão estar a perder influência em relação a sectores da vida social e política. "As sociedades envelhecidas são sociedades medrosas e nós estamos muito envelhecidos", apontou.»
Atentem na parte que eu sublinhei a cor vermelha, caros leitores. É de se ficar boquiaberto! Temos até que esfregar os olhos para termos a certeza de que estamos a ver/ler bem! Depois de ter passado quase oito anos a dizer constantemente que não havia quaisquer problemas decorrentes da imigração, o banhista das selfies vem agora, com a maior desfaçatez, admitir finalmente que estamos a "perder população originária" e que haverá um maior "peso dos imigrantes no futuro da sua sociedade"! Deve ter sido por lapso, é claro, mas ele admitiu finalmente que a substituição populacional dos portugueses é matéria de facto!
«O Presidente lembrou, no entanto, que há sectores da sociedade portuguesa que só funcionam porque aqueles imigrantes "estão lá", como as obras públicas, infra-estruturas, lixo, esgoto, água, escolas, saúde ou instituições particulares de solidariedade social. Quanto à "imigração rica", Marcelo sublinhou que a parte boa é que traz e gasta dinheiro em Portugal, enquanto a má é a infação [????] que provoca. "Há aqui este equilíbrio que é complicado. Não há só aspectos positivos, há aspectos negativos. Portanto, é um problema que existe e que não há uma varinha de condão que resolva.»
Imagino que o articulista queria ter escrito "inflação" em vez "infação".
«Nós sabemos isso porque nós somos um povo de emigrantes", acrescentou. Para o Presidente da República, o fundamental é "respeitar os outros nas suas diferenças e evitar os ódios". "Temos de puxar pelos que estão em piores circunstâncias, os que sabem menos, têm menos, têm piores condições. Temos de partilhar entre todos, todos, porque vivemos com todos, todos os dias", vincou. Marcelo lembrou que "ninguém vive sozinho" e que "ninguém é feliz sem ser com os outros e em conjunto com eles".»
E lá tinha de vir a chantagenzinha do "somos um povo de emigrantes", como se os nossos emigrantes com "e" fossem a mesma coisa que os "nossos" imigrantes com "i"!!! De resto, é fácil falar em "partilhar entre todos" quando ele, Marcelo, não tem de partilhar rigorosamente nada, nem abdicar dos inúmeros privilégios de que usufrui, não apenas como Presidente, mas também como figura pública.
Quem tem de partilhar - que é um eufemismo para ceder sem protestar - somos nós, os portugueses. Temos de ceder a nossa terra, a nossa cultura, o nosso património e, a seu tempo, a nossa língua e a nossa etnia. Se não o fizermos, seremos malvados, racistas, xenófobos, criminosos, etc. Pois eu prefiro ser tudo isso a que Portugal e os portugueses desapareçam! Marcelo pode ser o Presidente de Portugal, mas não fala em nome dos portugueses! E só não digo mais porque insultar o Presidente da República ainda é um crime nesta grande farsa que é a "democracia" abrilina.

2 comentários:
O claro pior presidente da nossa historia, enfim. O problema e que os outros todos menos o Ventura sao como ele
Que não haja a menor dúvida disso! Esse tem sido o meu cavalo de batalha ao falar com outras pessoas, convencê-las que, de facto, votar no pigmeu Mendes, ou no almirante covideiro, ou no Tozé (In)Seguro é votar em mais imigração! E nem é preciso mencionar os outros candidatos, pelo menos, os mais conhecidos!
Enviar um comentário