«A líder da
extrema-direitaverdadeira Direita francesa foi condenada a uma pena de quatro anos de prisão - dois dos quais domiciliária com pulseira eletrónica e dois suspensos - e a cinco anos de “inelegibilidade com execução provisória imediata”, o que impossibilita a líder da extrema-direita francesa de se candidatar às presidenciais previstas para 2027 para suceder ao Presidente Emmanuel Macron.
A líder da extrema-direita e outros 24 arguidos estavam acusados de desviar fundos do Parlamento Europeu para pagar a funcionários do partido, baseados em França.»
«A líder daextrema-direitaverdadeira Direita francesa Marine Le Pen vai recorrer da condenação a quatro anos de prisão e proibição de concorrer a eleições durante cinco anos, anunciou o advogado.
Mesmo com um recurso, Marine Le Pen fica desde já impossibilitada de exercer cargos públicos. A medida deixou o advogado "muito consternado", lamentando que não seja passível de recurso, no que considerou um "círculo vicioso".
"É um golpe para a democracia" disse Rodolphe Bosselut indignado por um dos argumentos dos juízes para impor a execução provisória ter sido de que havia "risco de reincidência" da líder da extrema-direita, disse o advogado à imprensa.
"Hoje, não é apenas Marine Le Pen que foi condenada injustamente: é a democracia francesa que foi executada", acusou o presidente do partido União Nacional (RN, na sigla em francês) e eurodeputado Jordan Bardella, de 29 anos, que se espera que suceda a Le Pen na candidatura às próximas presidenciais francesas.»
Para os nacionalistas de todo o Ocidente, há três lições muito importantes a retirar desta condenação:
1. Toda e qualquer decisão tomada pela direcção de um partido nacionalista tem de ser legalmente inatacável; por outras palavras, os nacionalistas têm que se convencer que o nosso combate político está fortemente viciado a favor dos donos disto tudo; nós estamos na mesma situação que uma equipa de futebol de um escalão inferior que vai jogar contra uma equipa da primeira divisão... ao menor contacto entre um dos nossos jogadores e um dos jogadores da equipa adversária, o árbitro vai imediatamente assinalar penálti, sacar o cartão vermelho e expulsar o nosso jogador; da mesma forma, o escrutínio dos partidos nacionalistas por parte do poder judiciário ao serviço do globalismo vai ser cada vez mais implacável; e, tal como Marine Le Pen descobriu, basta um pequeno rabo-de-palha para fazer desmoronar o edifício inteiro.
2. Nenhum partido nacionalista pode depender apenas de uma figura ou dirigente político; o Chega tem esse problema e é gravíssimo, ninguém mais no partido tem o carisma, nem a capacidade retórica e argumentativa de André Ventura; esta falta de alternativas foi um desastre nas Eleições Europeias de 2024 e vai ser um desastre ainda maior quando o líder do Chega sair de cena, seja por desgaste de popularidade, seja por outro motivo.
3. Os nacionalistas têm de estar preparados para, a qualquer momento, serem atacados pelo sistema judiciário ao serviço do globalismo universalista; como A Sr.ª Le Pen descobriu, nem todos os candidatos de Direita têm a mesma sorte de Donald Trump, i.e., nem todos os candidatos de Direita são eleitos antes de serem julgados. Por conseguinte, todos os dirigentes políticos nacionalistas têm de contar com a possibilidade de, de um dia para o outro, serem perseguidos judicialmente pelos nossos inimigos; os nacionalistas nunca devem tomar decisões sem primeiro consultar os seus advogados e, mesmo nessa condição, devem estar preparados para a possibilidade de os nossos inimigos encontrarem um pormenor ou formalidade que não foi devidamente acautelada.
Ninguém pense que os nossos inimigos nos vão facilitar a vida. Nada disso, eles vão perseguir-nos até às últimas consequências. Eles não vão abdicar do poder sem primeiro esgotarem todos os recursos à sua disposição. Insisto, TODOS os recursos à sua disposição!
4 comentários:
Deixo aqui o link de um vídeo de Marc Vidal sobre este tema, que evidencia bem a dualidade de critérios do sistema francês.
https://www.youtube.com/watch?v=n_4erGN_BG8
A observação de que a Lagarde e a Von der Leyen tiveram problemas semelhantes (eu até acho que eram bem piores) mas não foram punidas na mesma medida que a Le Pen parece-me extremamente pertinente. Acho que já poucos europeus duvidarão que os sistemas judiciários da UE têm dois pesos e duas medidas.
Obrigado pelo vídeo, caríssimo!
Num sei... Há muita gente burra e quequética em Portugal.
Sim, também é verdade. Aliás, temos nacionalistas que dizem que a Le Pen é oposição controlada.
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