«Sabera e Dil são dois dos dez intérpretes amadores da peça, que se estreará a 13 de Dezembro, no Theatro Circo, em Braga, e que conta ainda com a atriz Rita Cabaço e o actor Rodrigo Tomás.
Sabera e Dil são imigrantes, ela do Banglade
shche, ele do Nepal, e vão subir a palco pela mão do encenador Marco Martins, para lembrarem as pessoas há um ano encostadas à parede pela polícia na Rua do Benformoso.
O encenador Marco Martins quis integrar no elenco da peça “Um Inimigo do Povo”, escrita pelo norueguês Henrik Ibsen em 1882, pessoas que viveram aquele momento e que “nunca têm voz”, a não ser quando há incidentes. Para tal, promoveu audições com habitantes da Rua do Benformoso e da zona da Mouraria, habitada maioritariamente por imigrantes do subcontinente asiático.
Foi um processo de seis meses, com o qual Marco Martins quis contribuir “para quebrar a barreira”, dando “espaço e tempo” à voz das pessoas imigrantes. “Muitas vezes é a primeira vez que aquele indivíduo está a contar aquela história em particular”, notou, em entrevista à Lusa.
O que vai surgir em cena é “uma espécie de voz coral que tem a ver com o retrato de uma comunidade que não é homogénea, em que cada indivíduo tem uma história particular”.
Voz essa que “é evidentemente política” e que parte da “operação injustificada contra um grupo de imigrantes” na Rua do Benformoso.
“Um Inimigo do Povo” é também sobre “o lugar que elas ocupam dentro da sociedade, as dificuldades de integração, de legalização, a discriminação, a forma como essa não legalização acaba por conduzir, no fundo, a uma exploração, directa ou indirecta, consciente ou inconsciente”.
Nas palavras do encenador: “É um sistema em que somos todos culpados, não há inocentes”.»
É isto, caros leitores, "somos todos culpados"... e quem achar o contrário é racista, xenófobo, fascista, etc. e tal. Infelizmente, esta conversa descaradamente manipulatória ainda continua a enganar muita gente... e, por isso, reitero: o Estado não tem nada - rigorosamente NADA - que financiar esta malta.

4 comentários:
Foi um dos argumentos da Catarina Martins contra o Ventura, mas é algo muito complexo, porque ate que ponto é que a cultura nativa é financiada, muitas das musicas nas radio portuguesas sao de origem nao europeia mas contam para a estatistica.
Exacto, é por isso que eu sou pura e simplesmente contra.
Alguns nacionalistas argumentam que, num regime nacionalista, seria desejável o Estado educar o povo, financiando a cultura nesse sentido. Mas eu não concordo, desde logo porque acho que o princípio é errado e seria virado contra nós no momento que houvesse uma mudança de regime.
Mas, sobretudo, eu não concordo porque o grande problema da cultura é que ela feita quase exclusivamente por quem vive dela. E quem vive dela tende a ter um perfil mais liberal do que conservador. O artista, por vocação, é uma pessoa aberta ao mundo, porque precisa do mundo como fonte de inspiração e de obtenção de ideias novas. E, ainda pior do que isso, a Esquerda instrui explicitamente os seus militantes a apoderar-se da cultura para fazer propaganda política, enquanto a Direita, na sua maior parte, prefere focar-se na economia. Isto cria um desequilíbrio muito, mas muito difícil de corrigir.
Exato, a cultura deve ser algo que simplesmente existe porque existe quem a queira praticar ou manter viva. Lembro me de falar com um amigo meu que tava na area de filmes e dizia que os orcamentos em Portugal iam todos para meia duzia de realizadores, ou seja estes é que ditam as modas e tudo resto
Acho que o financiamento deve ir para coisas tipo grupos filarmonicos e pouco mais, porque ao menos neste ensina-se musica ao povo por exemplo.
Mas mesmo este verao o dinheiro que as camaras estouraram em cachets de artistas em espectaculos ao vivo abertos a todos é surreal, e é dinheiro que eu nao dei autorizacao para ser gasto.
«Lembro me de falar com um amigo meu que tava na area de filmes e dizia que os orcamentos em Portugal iam todos para meia duzia de realizadores, ou seja estes é que ditam as modas e tudo resto»
Acredito perfeitamente. Aliás, só assim se explica que nulidades como o João César Monteira tenha feito tantos filmes de m....
«Acho que o financiamento deve ir para coisas tipo grupos filarmonicos e pouco mais, porque ao menos neste ensina-se musica ao povo por exemplo.»
Sim, e mesmo nesses casos é preciso garantir que as músicas com letra são ideologicamente neutras. Senão, ainda acabas por ter uma banda filarmónica a acompanhar um rancho folclórico contra o fascismo! 🤪
«Mas mesmo este verao o dinheiro que as camaras estouraram em cachets de artistas em espectaculos ao vivo abertos a todos é surreal, e é dinheiro que eu nao dei autorizacao para ser gasto.»
Isso é algo que me custa muito a compreender, ainda há muita gente que apoia essas coisas. Mais valia dar menos dinheiro a grupos musicais amadores locais. E depois há os fogos-de-artifício, que são outro balúrdio. Enfim, pão e circo, como já diziam os romanos…
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