quarta-feira, 14 de maio de 2025

Alberto Gonçalves a propósito das reacções mer(d)iáticas ao espasmo esofágico do André Ventura


       É mesmo muito bom, este podcast do Alberto. É muito raro eu concordar a 100% com os comentários de outras pessoas, mas é isso que acontece neste caso.
 

16 comentários:

Maghaza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Afonso de Portugal disse...

😉

Durius disse...

https://www.youtube.com/watch?v=hl6wyUAqCjM

Repara neste video e como os 2 eleitos falam como se ja tivesse tudo planeado para os brancos serem minorias. Acho que videos deste deveriam ser um abre olhos para os nacionalistas que evitam a questão dos eleitos, como eu evitei durante anos.

Já agora, vi um video na rtp memoria de uma entrevista ao trio odemira, e do nada os gajos começam a cantar a Hava Nagila em hebreu, eu fiquei tipo wtf. Aliás, sempre ouvi dizer que quem controlava o comercio e algumas industrias como os diamantes etc ... nas antigas colonias eram os eleitos "portugueses".

Afonso de Portugal disse...

«Acho que videos deste deveriam ser um abre olhos para os nacionalistas que evitam a questão dos eleitos»

Mas o evitar a questão não tem tanto a ver com o reconhecimento ou não da questão em si, mas sobretudo com as consequências de denunciar a questão. Tomando o YouTube como exemplo, praticamente 100% dos canais que denunciaram os “nossos maiores aliados” foram banidos. O problema passa largamente por aí, as pessoas não querem perder a sua audiência e ter de começar tudo de novo.


« falam como se ja tivesse tudo planeado para os brancos serem minorias.»

Confesso que não percebo o teu problema com o vídeo. O Kaufmann está a apenas a fazer observações mais ou menos óbvias, e os exemplos que refere (e.g. Londres) são matéria de facto.

Mais, as previsões do Kaufmann sobre as tendências demográficas globais parecem-me absolutamente certeiras e vêm ao encontro do que eu tenho dito na blogosfera e no YouTube ao longo dos anos. Sem natalidade, torna-se extremamente difícil resistir à pressão demográfica, que é a maior força de transformação populacional que existe, equivalente à força (nuclear) forte na física. Por exemplo, foi a implosão demográfica dos romanos, juntamente com a pujança demográfica dos “bárbaros”, que levou à queda do Império Romano. O mesmo pode ser dito sobre as ex-colónias portuguesas, com especial destaque para o Brasil, onde a população branca foi submergida por uma avalanche negróide e ameríndia.

Sem haver uma reversão política de grande envergadura no Ocidente, será muito difícil contrariar a repetição deste fenómeno na Europa e na América do Norte, mesmo que o Nacionalismo cresça nos próximos anos. Quando se tem pouco mais de um filho por mulher durante duas gerações, a população só pode mesmo encolher drasticamente, o que, num contexto de entrada massiva de gentes de outras paragens, acarreta consequências políticas inescapáveis, ou quase.

Demasiados nacionalistas – incluindo muitos que até são inteligentes como tu e o Caturo, infelizmente – teimam em não (querer) ver isto. Sem revitalizar a natalidade dos europeus andaremos só a brincar às eleições, porque estaremos apenas a adiar o inevitável. Isto não é opinião, é matemática. Os eleitos como o Kaufmann sabem isto porque simplesmente fizeram as contas, que até são bastante simples de fazer.

Ele também tem toda a razão na questão religiosa: a forma de ver o mundo das pessoas com fé tende a favorecer mais a natalidade, mesmo entre os europeus. Desde logo porque a religião dá um sentido (propósito) maior à vida das pessoas, mas sobretudo porque os religiosos, regra geral, também tendem a ter mais espírito de sacrifício, o que as leva a encarar a paternidade/maternidade como uma obrigação de que não têm o direito de escapar. Aliás, a três maiores denominações cristãs, catolicismo, protestantismo e ortodoxia também já perceberam isso, sendo essa a principal razão pela qual favorecem a imigração. Os bispos também já fizeram as contas e estão a pensar a várias gerações de distância. A Igreja não sobreviveu tantos séculos e a tantas guerras porque os clérigos andavam a dormir.

Durius disse...

Discordo, a natalidade vem com condições de trabalho, cultura, feminismo etc... associadas.

Tu tens um ataque de todos os lados, nos ate poderiamos manter uma natalidade de 1. qualquer coisa e nao haver problemas, desde que houvesse um controlo de fronteiras e um ajustar economico.

Ai é o teu grande erro, nunca na vida, especialmente como a vida está, será possivel manter uma media de 2/3 filhos, sao simplesmente muito caros e nao compensa economicamente. Nao sei como é contigo, mas a minha mae veio da probreza dos anos sessenta, foi "vendida" para trabalhar numa senhora do Porto quando era jovem. Isto foi a epoca em que se fazia muitos filhos, como ves isto veio com condições absurdas como esta que te disse.

O proximo grande passo da humanidade, ou do ocidente em geral será (e ajudado pela robotica/AI) tratar os seus com dignidade e fazer deles o mais importante em vez de uma metrica da treta tipo PIB per capita.

O Mississipi tem um PIB per capita maior que o UK, e eu preferia viver no UK do que no Mississipi.

Tu tens este erro de muitas vezes trazer numeros para o jogo quando há coisas mais fortes que numeros, alias, se eu fosse por numeros não era nacionalista, isso é jogar contra os numeros, mas ha algo que me move atrás do nacionalismo.

Durius disse...

Que achaste das eleições

Afonso de Portugal disse...

«Discordo, a natalidade vem com condições de trabalho, cultura, feminismo etc... associadas.»

É? Então porque é as sociedades que têm mais filhos são precisamente aquelas em que há menos condições e as relações entre homens e mulheres são mais tradicionais?


«nos ate poderiamos manter uma natalidade de 1. qualquer coisa e nao haver problemas, desde que houvesse um controlo de fronteiras e um ajustar economico.»

Tretas. Nenhuma sociedade sobrevive sem renovar a sua pirâmide demográfica. A certa atura, deixa de haver gente para trabalhar, para manter as fábricas, os transportes e as instituições a funcionar. Em toda a história da humanidade, NUNCA houve uma nação que tivesse prosperado com baixa natalidade.

«Ai é o teu grande erro, nunca na vida, especialmente como a vida está, será possivel manter uma media de 2/3 filhos»

Mentira. Os nossos avós fizeram-no em condições MUITO piores do que nós. E os pais deles ainda piores, e os avós deles ainda piores, etc. Nós não o fazemos porque nos tornámos demasiado preguiçosos e superficiais. Queremos é viajar/passear e sair à noite, dormir até tarde, ir ao ginásio e à discoteca, não queremos ter famílias.


«Nao sei como é contigo, mas a minha mae veio da probreza dos anos sessenta, foi "vendida" para trabalhar numa senhora do Porto quando era jovem.»

Nos anos 40, o meu avô paterno chegou a dormir ao relento em Trás-os-Montes, em PLENO INVERNO, porque não arranjava trabalho na sua zona de residência. Mesmo assim, criou quatro filhos e podia ter criado cinco (um já nasceu morto). Se ele pôde, todos nós podemos. É uma questão de querer, não é uma questão de poder.


«O proximo grande passo da humanidade, ou do ocidente em geral será (…) tratar os seus com dignidade »

Isso já o Marx dizia no séc. XIX. Só que a dignidade depende sobretudo do crescimento económico, não depende apenas da vontade das pessoas. Não podes ter dignidade se não tiveres riqueza para dar às pessoas. Vai às aldeias do interior, onde já só há velhos, e diz-me que dignidade é que encontras.


«metrica da treta tipo PIB per capita.»

Métrica da treta? Então porque é que os países com maior PIB per capita são precisamente aqueles onde as pessoas vivem melhor e com a dignidade que tu dizes almejar?


«O Mississipi tem um PIB per capita maior que o UK, e eu preferia viver no UK do que no Mississipi.»

Isso é pegar na excepção e fazer dela regra. Só que, em geral, os países com maior PIB per capita são aqueles em que se vive melhor, basta olhar para a lista:

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(nominal)_per_capita

Afonso de Portugal disse...

«Tu tens este erro de muitas vezes trazer numeros para o jogo quando há coisas mais fortes que números»

No contexto em que estamos a falar, não há nada mais forte do que os números. Isto não é uma qualquer batalha medieval que se podia ganhar adoptando a táctica certa mesmo estando em inferioridade numérica. Isto é uma corrida demográfica contra o resto do mundo. Como disse acima, a única coisa semelhante na História foi a queda do Império Romano. E mesmo assim a queda do Império Romano parece uma brincadeira de crianças comparada à avalanche humana que temos de enfrentar.


«se eu fosse por numeros não era nacionalista, isso é jogar contra os números»

É precisamente aqui que eu mais discordo de ti: o Nacionalismo só terá sucesso se souber extrair a força dos números. Neste momento, e apesar de toda a miscigenação que já há na Europa, a maioria dos habitantes ainda são europeus. Se os convencermos a mudar as políticas de imigração, ainda teremos hipótese de mudar o nosso destino.

Caso contrário, a única alternativa será a guerra. Mas aí, ao contrário de ti, eu não acredito que tenhamos qualquer hipótese. Para haver uma guerra, seria preciso haver soldados dispostos a combater e meios para financiar a guerra. Ora, tanto os soldados como os meios estão praticamente todos do lado dos nossos adversários. Portanto, o nosso destino, em caso de guerra, seria muito semelhante ao do Batalhão Azov na Ucrânia, seríamos completamente esmagados, até porque as elites, que nos odeiam visceralmente, dariam aos alógenos todos e quaisquer recursos para nos aniquilarem.

Eu já não tenho idade para fantasias. O mundo real é o mundo dos números, não é o mundo dos idealismos e das querenças. Nunca concordarei contigo neste ponto, nem estou disposto a sacrificar o meu povo para nada, como fez o maldito pintor austríaco.

Afonso de Portugal disse...

Acho que a AD, o Chega, o Livre e o JPP foram os grandes vencedores da noite, embora a AD tenha vencido um pouco menos do que os outros três, no sentido de que ficou praticamente na mesma, em termos de capacidade de governar sozinha (i.e., continua a não poder governar sozinha). A ascensão do Livre preocupa-me seriamente, o Rui Tavares é um marxista cultural do mesmo tipo do Adorno ou do Marcuse, capaz de infligir danos muito graves à nossa sociedade, se algum dia tiver um bocadinho de poder.

Acho que a IL teve um resultado “assim-assim”, conseguiu crescer, mas ficou longe do que se esperava (chegou-se a falar em eleger 12 deputados). O mesmo para o PAN, que lá conseguiu manter a “Popota” na AR, infelizmente.

Acho que o PS e o BE foram os maiores derrotados entre os grandes partidos, mas fiquei triste pela Mariana Merdágua ter conseguido ser eleita. Nunca houve um(a) deputad@ que merecesse tão pouco o seu lugar na AR.

Quanto aos partidos sem representação parlamentar, quase todos perderam votos, exceptuando o Ergue-te, o Volt, o Nós Cidadãos e o Partido Liberal Social (estreia). Mas foram subidas residuais que fazem lembrar aquela velha máxima dos mercados financeiros: “+10%de zero continua a ser zero”. Aliás, o resultado do Ergue-te é calamitoso, basta ver que o partido teve apenas mais 343 votos do que nas últimas Europeias, o que sugere que o “efeito Rui da Fonseca e Castro” foi pífio. O resultado do ADN também foi péssimo (-21 137 votos em relação às legislativas de 2024). Parece-me, infelizmente, que estes partidos estão acabados.

Afonso de Portugal disse...

Mesmo a propósito, os Lotus Eaters fizeram um vídeo que vem ao encontro do que eu escrevi acima:

https://www.youtube.com/watch?v=4oosK4hlOxY

Durius disse...

Eu já tinha dito ao lider da uniao no x que o Ergue-te era um mau projeto, o gajo tava todo focado, deve ter sido levado por promessas de uma posição no partido, mas a verdade é que o melhor desse partido é mesmo desaparecer e alguem começar um do 0. Mesmo com o problmema das assinaturas.

Afonso de Portugal disse...

A questão é se valerá sequer a pena. Com o Chega em cena, seria difícil a outro partido nacionalista (ou aparentemente nacionalista) competir. E, provavelmente, não seria desejável, uma vez que serviria para dividir os votos que estão presentemente concentrados no Chega, levando à eleição de menos deputados.

Ainda assim, tenho que admitir que esperava que o Ergue-te conseguisse bem melhor do que isto. Parecia haver algum entusiasmo em torno do RFC. Enfim, como tu e eu já falámos várias vezes, o Ergue-te já está queimado hê muito tempo. E ter o MM naquela manif em que o RFC foi preso provavelmente não ajudou...

Durius disse...

Sim o Ergue-te não tem a minima hipotese. Tem um historial demasiado longo e so trabalham poucos dias antes das eleições. Vais ao Chega e eles postam no youtube todos os dias. Quando o Chega elegeu os 50 deputados eles usaram parte do orçamento para criar um estúdio próprio. O Chega tem também muitos jovens que o fazem ser apelativo á juventude. Existe uma rapariga, a Lina Pinheiro que foi elegida em Braga que nem sei se ainda anda na Faculdade, muito bem parecida.

É este tipo de coisas que leva o pessoal para o partido.

Afonso de Portugal disse...

É isso, o Chega é um partido político profissional, enquanto o Ergue-te é uma espécie de clube de bairro, onde as pessoas só trabalham quando há a festa anual da vila.

Aliás, como te disse numa ocasião, eu fiquei muito mal impressionado quando os dirigentes do Ergue-te começaram a dizer mal do Ventura e a chamar-lhe "homem do sistema". Foi revelador de um mau perder indesculpável. Usando uma analogia do campo amoroso, quando temos uma mulher e aparece outro homem que no-la rouba, culpar o outro homem é a coisa mais estúpida que podemos fazer...

Durius disse...

O Ventura trouxe do PSD uma etica e estrategia de trabalho que os gajos do Ergue-te não devem ter noção. Aliás, o proprio PS é top no que se refere a tudo isto. Para ganhares tens que saber fazer isto tudo e seres profissional, sem isso não és nada.

Afonso de Portugal disse...

100% de acordo. A política, hoje em dia, é uma profissão a tempo inteiro. E o saber fazer política também não se aprende do dia para noite. As pessoas, em geral, têm a impressão que a política é pouco mais do que aparências e mandriagem, mas é puro engano. Não é qualquer um que vinga na política. Ou, como se costuma dizer, “a coisa é para quem pode, não é para quem quer”.