quarta-feira, 28 de maio de 2025

"Demografia é destino": o caso do Japão


       Segundo as Nações Unidas (dados de 2025), o índice sintético de fertilidade do Japão é de apenas 1,23 filhos/mulher. Conforme se explica logo nos primeiros minutos do vídeo abaixo, isto significa que a população japonesa está a diminuir a um ritmo de -1,7 habitantes/minuto. A esta velocidade, o país passará de cerca de 123 milhões de habitantes em 2025 para pouco mais de 100 milhões de habitantes em 2050, o que representará uma diminuição correspondente a mais do dobro da população que vive actualmente aqui em Portugal.
 
Aqui em Portugal não estamos muito melhor. Em 2024, morreram 118 374 pessoas e nasceram 84 642 bebés, dos quais quase 25% eram filhos de mãe estrangeira. Isto dá um saldo negativo de -33 732 pessoas (118 374 - 84 462) mas, se retirarmos 25% ao número de bebés nascidos, o saldo negativo verdadeiro é de -54 893 pessoas (118 374 - 63 482). A este ritmo, a população portuguesa será pouco mais de 9 milhões de habitantes em 2050, o que não seria muito mau, não fosse o facto de que, ao contrário do Japão, Portugal está a ser inundado por centenas de milhares de imigrantes todos os anos.
 



Como não podia deixar de ser tratando-se de um vídeo feito pelos globalistas do Financial Times, a solução encontrada pelos narradores é aumentar o nível de imigração, como se substituir uma população por outra fosse resolver o problema quando, na verdade, apenas o agravará.
 
Infelizmente, não tem havido, por parte dos opositores à imigração, contra-argumentos à altura. Dizer que "basta fechar as fronteiras" chega a ser infantil, porque falha em endereçar as consequências inegáveis do declínio populacional. É preciso fomentar políticas de natalidade nativa a sério, que não se fiquem apenas pelos subsídios a quem ainda tiver filhos.
 
Aqueles que não se reproduzem têm de começar a ser severamente penalizados pela sua infertilidade. Eu avanço aqui com uma medida que me parece inevitável: quem não tiver pelo menos 2 filhos, tem de perder o direito a usufruir de uma reforma a 100%. Tem de ser penalizado numa determinada  percentagem, como por exemplo 20% para quem tiver apenas um filho e 40% para quem não tiver nenhum. Bem sei que isto é altamente polémico, mas não vejo outra forma de sairmos deste buraco. Não basta descontar, é preciso assegurar que haverá gente que não apenas continuará a descontar depois de nos reformarmos, como também manterá a nossa cultura, língua, identidade e tradições.

12 comentários:

Durius disse...

Diria que a solução é mesmo automatizar, aceitar uma regressão económica e medidas draconianas como essa que disseste.

Eu proprio te digo a quantidade de vezes que agora desde que sou solteiro as gajas me perguntam nas aplicações de encontro o que eu quero, e dizem que não querem ser incubadoras.

Quero ser pai á força toda mas é dificil arranjar mulheres que o queiram, especialmente na minha idade (30s). Por isso apoio a tua medida, tem mesmo que se forçar a isso. Mas isso tudo sem fechar fronteiras dá em zero, portanto isso é o primeiro passo, o segundo é uma remigração passo a passo.

Afonso de Portugal disse...

«Diria que a solução é mesmo automatizar, aceitar uma regressão económica e medidas draconianas como essa que disseste.»

É por isso que estamos tramados. A automatização é uma realidade, mas não a todos os níveis. Ainda estamos muito longe de termos automatização significativa na restauração, na hotelaria e na construção civil, que são os sectores que mais requerem mão-de-obra estrangeira. Mesmo na agricultura, na pecuária e nas pescas, a automação é apenas parcial.

Já a minha medida tem um problema ainda maior: qualquer governo que a tentasse implementar seria arrasado nas eleições seguintes. É uma medida que, muito provavelmente, nunca poderia ser implementada num regime democrático.


«as gajas me perguntam nas aplicações de encontro o que eu quero, e dizem que não querem ser incubadoras.»

Sim, mas isso muda rapidamente com a cultura certa. Duvido muito que as angolanas também queiram ter 5 filhos por mulher. Mas é isso que têm, porque a cultura ali é outra.


«Mas isso tudo sem fechar fronteiras dá em zero, portanto isso é o primeiro passo, o segundo é uma remigração passo a passo.»

Não é bem assim: fechar fronteiras é, de facto, o nosso grande objectivo, mas não vai acontecer nos próximos anos. Poderá mesmo nem sequer vir a acontecer no nosso tempo de vida. Se, até lá, não tivermos gerado descendência suficiente para continuar a luta – e aqui é preciso lembrar que vão continuar a entrar alógenos em Portugal à fartazana – então, tornar-se-á impossível fechar as fronteiras pela via democrática, porque o número de alógenos superará o número de nativos.

Os nossos problemas, infelizmente, têm muitas dimensões e particularidades. Vai ser preciso atacar em várias frentes para podermos ter hipóteses de reverter a substituição populacional em curso.

Durius disse...

"Mesmo na agricultura, na pecuária e nas pescas, a automação é apenas parcial."

Sou engenheiro com conhecimento tanto da área e da tecnologia. Já podiamos automatizar muito mas era preciso investimento.

Afonso de Portugal disse...

Nesse caso, a pergunta que se impõe é por que motivo não há investimento. Será que o retorno ainda não compensa?

Maghaza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maghaza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Durius disse...

Sabes que a adoção de novas tecnologias caras em áreas como a agricultura leva tempo, a manutenção é cara também por causa do tipo de trabalho que é entre outros.... mas começa a haver muita coisa nova neste ramo.

Afonso de Portugal disse...

Eu estou mesmo convencido que a natalidade é o maior desafio que a raça branca enfrenta neste momento. Não é por acaso que os (((nossos maiores aliados))) incentivam o feminismo, o aborto, o homossexualismo, o ódio à família tradicional e à masculinidade. O objectivo é que tenhamos o menos bebés possível, mas depois justificar a importação do maior número de alógenos possível.

Afonso de Portugal disse...

A questão é que tem de ser mais barato do que pagar a imigrantes para fazer o trabalho. Enquanto for mais caro, os patrões continuarão a importá-los...

Maghaza disse...
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Durius disse...

Esses ai, nunca os germanicos gostaram deles, quer seja na Alemanha, ou a sua descenddencia na Iberia (visigodos), nunca foram com eles nem um bocadinho. Não deixa de ser interessante como são primariamente estes que sempre deram luta os nossos (((maiores aliados))). Existe um discurso do pintor austriaco que fala de como eles se apreceberam do modus operandis (((deles))) mais cedo que os ingleses, já deves ter visto esse discurso. Era impressionante o quanto á frente do seu tempo o pintor estava, unica e esclusivamente por ter aceitado a sabedoria antiga existente sobre (((eles))).

Afonso de Portugal disse...

@Maghaza

Exacto, todos esses fenómenos que, infelizmente, continuam a ser encarados de forma isolada pela maior parte da Direita, têm como objectivo final o colapso da natalidade branca. Aliás, houve (((pensadores))) neomarxistas que admitiram isso mesmo, sobretudo (((académicas))) feministas. Ainda hei-de fazer uma posta sobre isso.

Um dos maiores problemas dos conservadores europeus actuais é a sua incapacidade de relacionar todas essas frentes de ataque (feminismo, homossexualismo, promoção das drogas, etc). Os conservadores norte-americanos estão mais à frente nesse capítulo, embora depois falhem completamente ao não reconhecerem a dimensão racial do problema.


@Durius

Um dos grandes erros do pintor austríaco e do seu regime foi não terem globalizado a sua propaganda. Isto é, as denúncias da natureza dos (((nossos amigos))) foram feitas sobretudo dentro da Alemanha. Bem sei que houve outras pessoas fora da Alemanha a fazê-lo, como por exemplo o Henry Ford nos EUA, mas nunca houve uma verdadeira globalização da informação a que os alemães tiveram acesso. A maioria dos europeus não tinha ideia do que (((eles))) eram capazes de fazer, mesmo havendo vários precedentes históricos pela Europa fora.

Não sei até que ponto é que a posse da informação por parte do resto do mundo poderia ter mudado o curso da guerra, mas julgo que poderia pelo menos ter atenuado a diabolização do Nacionalismo que se seguiu à Segunda Grande Guerra.