Globalismo falhado: chineses da Great Wall fecham na Europa por falta de vendas

Eu não tenho dúvidas de que direitinhas do PSD, do CDS e da IL acharão que isto é uma má notícia:

«Após uns anos com presença no mercado europeu, com a sede instalada em Munique, na Alemanha, o construtor chinês anunciou que irá fazer marcha-atrás, sem pompa ou circunstância, desistindo da invasão europeia.

 

A decisão seguiu-se ao desaire nas vendas, com o construtor chinês a comercializar apenas 6 300 unidades em solo europeu durante os 12 meses de 2023. De acordo com o fabricante, dos 316 000 veículos comercializados nos mercados de exportação em 2023, com os europeus a consumir apenas 1,98% deste volume, a GWM resolveu recuar nas previsões de vendas fora da China, com o milhão de unidades agendado para 2025 a derrapar cinco anos, para 2030.

 

A imprensa germânica indica que o encerramento das instalações da marca em Munique está previsto para o final de Agosto e tem como consequência o despedimento dos cerca de 100 trabalhadores. A GWM garante que pretende manter presença em alguns dos restantes mercados europeus, para além do alemão. Contudo, a expansão prevista para mais 11 países, entre os quais Portugal, foi cancelada.»

 

Reacções imagináveis dos líderes dos partidos com assento parlamentar:

Mariana Mortágua (BE): o fracasso chinês resulta do racismo dos europeus, sobretudo dos alemães, que se recusaram a comprar carros fabricados pelos chineses. Nazis!

Paulo Raimundo (PCP): a Europa não quis optar por um modelo de desenvolvimento económico mais justo e humanista, preferiu o bom e velho capital imperialista ocidental.

Rui Tavares (Livra): perdeu-se aqui uma excelente oportunidade de abrir a economia europeia ao resto do mundo.

Rui Rocha (IL): perdeu-se aqui uma excelente oportunidade de abrir a economia europeia ao resto do mundo (não é copy-paste de cima).

Inês Sousa-Real (PAN): a Europa não pode continuar a ser uma fortaleza onde apenas os europeus podem prosperar. É preciso dar oportunidades aos outros povos deste planeta.

Nuno Melga (CDS): perdeu-se aqui uma excelente oportunidade de abrir a economia europeia ao resto do mundo (não é copy-paste de cima).

Luís MaçomNegro (PSD): este contratempo será certamente superado a seu tempo, à medida que novas oportunidades surjam para o capital chinês na Europa, cada vez mais imprescindível para o nosso desenvolvimento e sustentabilidade económica.

André Ventura (Chega): se forem cristãos e falarem português, os chineses serão muito bem-vindos. Se, pelo contrário, forem islâmicos, então fora com eles!